Saudações do futuro para quem ainda vai entrar em 2022! Os analistas da FBS usaram um truque de mágica para viajar no futuro e trouxeram algumas previsões engraçadas.
Previsões de Forex para 2021
Informação não é consultoria em investimentos
USD: quedas, quedas e mais quedas
A maioria dos analistas prevê que o dólar americano vai continuar caindo ao longo do ano que vem. O consenso é uma queda de 5–10% contra a maioria das moedas. São dois os motivos: primeiramente, o governo americano inundou o mercado com dólares por meio das medidas de estímulo à economia. Consequentemente, essas medidas continuarão pressionando o USD para baixo. Além disso, o Fed se comprometeu a manter por alguns anos as taxas nas mínimas históricas. Logo, os investidores não terão preferência pelo dólar com juros baixos.
CNH: primeiro a entrar e primeiro a sair
A China foi o primeiro país a entrar na pandemia de covid-19 e também o primeiro a sair dela. Portanto, o crescimento da economia chinesa será mais rápido do que o das economias de outros países. Há também a perspectiva mais favorável das relações EUA-China com a chegada da administração Biden, o que vai melhorar as negociações comerciais. Pode ser que o yuan chinês dispare em 2021.
De acordo com o ING Group, “as medidas de abertura do mercado devem abrir caminho para o USD/CNY chegar a 6,30”. Note que o CNY é negociado somente dentro da China continental, enquanto o CNH é negociado fora da China continental. Como as diferenças entre eles são relativamente pequenas, podemos esperar que o CNH também suba em 2021 e, portanto, que o USD/CNH recue para a faixa dos 6,30.
EUR: talvez suba, talvez não
O Banco Central Europeu não está satisfeito com a valorização do euro, pois isso atrapalha as exportações. Porém, a tendência de enfraquecimento do dólar deve superar qualquer tentativa do BCE de abaixar o euro, algo que deve levantar o EUR/USD mais ainda. O ING Group prevê 1,25; o Nordea Bank, 1,26. O CIBC, por sua vez, discorda e vê o EUR/USD em 1,18 em 2021.
ZAR: moedas emergentes vão disparar no ano que vem
2021 será o ano da recuperação e do crescimento econômico. Os analistas esperam um grande apetite por moedas de mercados emergentes, como o rand sul-africano. Países em desenvolvimento tendem a manter taxas de juros maiores, o que atrai os investidores para as moedas desses países em virtude dos retornos mais amplos. O ZAR vai atrair fluxos de capital em 2021.
GBP: Brexit, vírus… situação nada favorável
O período pós-Brexit vai pressionar as empresas britânicas por causa da tributação mais alta e das novas condições para o comércio entre União Europeia e Reino Unido. Ademais, o efeito devastador da pandemia de covid-19 vai piorar mais ainda a situação da economia britânica. O Banco da Inglaterra não terá outra opção além de continuar afrouxando sua política monetária. Isso vai gerar consequências para a libra esterlina.
Petróleo: crescimento lento e firme
Para 2021, o Barclays prevê o petróleo Brent (BRN) em US$ 53 o barril e o West Texas Intermediate (WTI) em US$50 o barril. Segundo o banco, a entrega das vacinas vai estimular a atividade econômica e aumentar a demanda por petróleo bruto.
Ouro: previsões otimistas mesmo com a vacina
Embora o ouro esteja em tendência de queda neste momento, o Societe Generale espera que seu preço atinja US$ 2.300 na primeira metade de 2021. O banco baseou suas previsões nas baixas taxas de juros mundo afora e na fraqueza do dólar americano, o que dará sustentação aos preços do ouro nos primeiros 6 meses do ano que vem. Já para a segunda metade de 2021, porém, o Societe Generale prevê uma queda do ouro.
Para concluir, analistas do Societe Generale resumiram em um só comentário as principais tendências em Forex para 2021: “as taxas de juros reais negativas, os níveis recorde de ativos com rendimento negativo, o aumento da dívida dos EUA, o fortalecimento do CNY e, eventualmente, os potenciais fluxos na direção dos mercados emergentes vão pressionar o dólar americano e dar fôlego ao ouro”.
Semelhante
O gás disparou nas últimas semanas, valorizando mais de 17% desde 18 de agosto. O que explica tamanha movimentação?
Promessa do Banco da Inglaterra vem evitando uma queda maior
Popular
A pandemia continua a prejudicar a atividade económica na China, a guerra na Ucrânia continua a impactar a economia europeia inteira, e os esforços do Federal Reserve para controlar a inflação ameaçam provocar uma recessão.
Sempre que a inflação excede 4% e o desemprego vai abaixo de 5%, a economia dos EUA entra em recessão dentro de dois anos.
BCE dovish e Fed hawkish pintam uma paisagem pessimista para o EUR/USD. Será a próxima parada uma queda a 1,0770?